Grandes Comerciais Inesquecíveis que Você já se Esqueceu
- Em um gibi do começo dos anos 80, uma marca de chiclete oferecia umas 'tatus' temporárias de personagens Disney. O texto é um primor de redação à lá Machado de Assis depois do acidente: "Você vai ficar igualzinho aos personagens do Disney." Sensacional regência, a orquestra foi cada um prum lado...
- A loja de móveis finos Henri Matarasso já fez um comercial que eu achei incrível, e de uma grande cara-de-pau: um imitador de Roberto Carlos que não aparecia no comercial cantava e dizia o slogan: "Entregue a chave à Henri Matarasso". Que nem o imitador do Sílvio Santos que já chegou a narrar pegadinhas do Sérgio Mallandro e chegava a confundir as pessoas se não era o próprio.
- Este é de 2004, mas é igualmente inesquecível. O Auto Shopping Global estava fazendo uma liquidação por volta de setembro, prestando "uma homenagem as grandes liquidações". Como? Com aquele jingle da liquidação do Mappin cantado assim: "Carros/ Venha correndo, carros/ Chegou a hora, carros/ Liquidação Global..." Essa só faltou o Antônio Delfiol! "Sensacional quinzena de Vectras!..."
- Em 1983 uma campanha que nunca mais saiu da minha cabeça. O garoto-propaganda dos chicletes Ping-Pong era uma versão humanizada do produto. Só que ao invés de ser um desenho animado, era um boneco, mas bem feito pra danar, eu fiquei muito impressionado. O boneco só não fazia chover, de resto, fazia de tudo em frente as câmeras Super 8 da época, até já andou de bicicleta no estúdio! (Eu digo que me parecia bem feito porquê eu tinha 6 anos, agora só faltava algum publicitário ler isso, me mandar alguma imagem e eu ver que era um pedaço de espuma cheio de fios atrás... Ainda bém que criança não vota.)
- O banco Haspa, em 1982, fez um comercial onde Cebolinha imitava Gene Kelly e também cantava na chuva. Agora o que ele cantava e anunciava eu não me lembro, e eu aposto que você nem se lembrava que existia um banco com esse nome... Eu me lembro que eu perguntava pra minha mãe "ué, mas aspa não é com A?..."
- Um comercial de natal inesquecível para mim era um da Walita, que era mais humorístico. A melodia "Noite feliz" era tocada nas teclas de um liquidificador com o som do motor do aparelho, uma das coisas mais engraçadas que eu já vi... Mas outra boa idéia era o comercial das duchas Corona, onde a ducha "virava" o sino de uma igreja, pois tinha o formato parecido.
- Muitos talvez se lembrariam de Variguinho, o "avião-propaganda" da Varig no final dos anos 80, mas eu vou mais longe. Até hoje eu não entendo como fizeram as fotos dos comerciais da série, mas o garoto propaganda da Varig no começo da década de 80 era um gigante chamado Epaminondas.
- É impressionante como com apenas 27 anos eu sou velho... Quando eu fiz curso no Senac em 2000, eles exibiram um especial chamado 40 anos de TV (em 2000 a TV fez 50 anos). E nesse especial, aparecia um comercial da Danone que eu me lembrava perfeitamente de ter assistido quando criança. O "complicadíssimo" comercial consistia em uma criança em um balcão com fundo branco explicando e mostrando os sabores dos iogurtes da empresa, falando em francês com legendas e tudo em tempo real, sem cortes. Não sei porquê o uso do francês, mas é impressão minha ou eles estavam à beira da falência no começo dos anos 80? Porquê "comercial" assim, até o filho do zelador do seu prédio faz igual agora no século XXI, já que naquela época, uma câmera de televisão devia valer uns 15 carros populares, que dirá uma de cinema. [EDIT: A Danone é de origem francesa, por isso... agora, o comercial em tempo real é que é a minha dúvida.]
- Aliás, interessante: Marcelo Mansfield protagoniza o primeiro comercial de TV no qual aparece uma câmera VHS amadora, é o comercial da Nescafé de 1987 onde ele diz: "Você sabia que as tartarugas só põem ovos no inverno?..." Hoje em dia, as filmadoras de 8mm e VHS-C já são bem populares, a ponto de ter alguns 'malucos' como um conhecido meu que apostam as economias comprando câmeras profissionais.
- Nenhum banco teve (e infelizmente nem terá) comerciais como os do antigo Bamerindus, os mais inteligentes e bem-humorados que eu já vi. Quem não se lembra de Toni Lopes, o "gordo do Bamerindus" (e posteriormente do Banco do Brasil?) E do comercial do TC Bamerindus, onde os protagonistas ficam 'doidos' por terem ganhado o prêmio do título de capitalização?
- E finalizando este poste gigantesco, este poste comprido que nem o Maestro Linguiça, vamos de toskeira: em 1998 um comercial de uma faculdade de Direito mostrava uma estátua, que representava a justiça (sacumé, "a justiça é cega", com uma balança na mão) ligando para a faculdade. Tudo bem. Só que a atriz estava COMPLETAMENTE pintada de dourado, inclusive dentro da boca! Arghhhhhh...
Por prosa, chega de hoje.
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