Momentos Obscuros da TV Brasileira, capítulo MXLSVWIIIY

Vamos dar uma de Fórum Malas e comentar o jornalismo da TV, mas contando algumas que eles nunca viram, contando algumas da TV Globo canal 5, de São Paulo (a segunda emissora da Globo a ser criada):

- Em 1986, no final do SPTV primeira edição, apresentado por Augusto Xavier, no final de uma edição, não sabemos por quê, enquanto subiam os créditos, a câmera abaixou até o meio da plataforma do apresentador e deu zoom ao mesmo tempo, bem rápido. Será que rolou uma briga no estúdio, como a do cameraman Gaúcho (que em um programa se enfezou e largou a câmera)? A propósito, os telejornais locais da época tinham uma única câmera no estúdio, que o pessoal sempre reclamou que era minúsculo (lá na Praça Marechal Deodoro, onde se Deus quiser, estarão as futuras instalações de uma nova emissora de TV que se Ele também o permitir estarei trabalhando nela!!... Aguardem e confiem...)
[EDIT: Tratava-se da TV Palavra, de Fausto Rocha, que acabou sendo substituída pela TV da Gente.]

- Em 1987, no Globo Esporte, algumas legendas do programa apareceram em cor-de-rosa! Monitor em preto-e-branco é isso aí...

- Nesse mesmo ano, Augusto Xavier surpreende e em uma matéria feita por ele mesmo, que apresentava o jornal, ele mostrava a inauguração da casa de shows Aeroanta. E no final da matéria ele aparecia tocando guitarra, no palco, e bem pra caramba, junto com sua banda que fazia (ou ainda faz, sei lá) cover do Pink Floyd. Com um currículo desses não é de se estranhar que ele tenha sido um dos "atores" da novela Brida (1998), feita pela moribunda TV Manchete, a emissora não tinha como pagar os atores e chamou ele para atuar no terceiro e último capítulo da novela.

- Hoje em dia ele está muito bem em sua nova emissora, então talvez ele se lembre deste acontecimento dando risadas. Em 1992, no comando do então São Paulo Já (um telejornal todo feito em São Paulo e que substituía o Jornal Hoje até 1995), Carlos Nascimento discutiu sériamente com o presidente do sindicato das escolas particulares. Não me lembro exatamente como foi, era sobre os preços das escolas, mas foi uma discussão impressionante para os padrões da época, ainda mais para a TV Globo! Não sei se ele teve de prestar esclarecimentos pro chefe do chefe dele, aquele pessoal da rua Von Martius, no Rio de Janeiro. O pior é que essa mesma pessoa foi entrevistada ao vivo por Carlos Nascimento meses depois, e a pessoa media suas palavras e parecia estressada...

- Em 1993, no mesmo telejornal, a repórter Amanda Apple, conhecida por suas reportagens mostrando flores e árvores, passou talvez pelo maior sufoco de sua vida: ela mostrou ao vivo, e sem censura, fotos do livro "Sex", que Madoona lançou naquele ano. As mãos e a voz da repórter estavam trêmulas, não sei se ela estava fazendo aquilo sem autorização...

- Em 1994, a mulher-helicóptero Eleonora Paschoal encerrou uma reportagem ao vivo assim: "Eleonora Paschoal, para o SBT"... Bem, 8 anos depois ela viria a trabalhar nessa emissora. (Ela é uma das pioneiras dos helicópteros ao vivo, desde 1990 ela fazia isso)

- Esta foi em rede nacional e todo mundo viu, mas poucos se lembram. Na cobertura da Copa de 1994, no Jornal da Globo, Carlos Nascimento entrava ao vivo dos Estados Unidos e chamava uma matéria. Acaba a matéria e volta para ele, olhando para o horizonte, meio que de perfil... o que perdurou uns 4 minutos!! Será que deu pane no ponto eletrônico?!

- Esta é séria! Em 1995, uma coisa que até hoje eu não entendi. Um repórter de uma afiliada da Globo no interior de São Paulo estava falando ao vivo de um pedágio, dizendo que os policiais estavam apreendendo as carteiras de identidade dos motoristas (não me lembro o motivo, mas era um motivo fútil). Assim que disse isso, ele olhou com cara de peixe morto para o horizonte, ficou mudo e tombou o microfone. Será que ele foi ameaçado pelos policiais daquele pedágio??? A apreensão de carteiras de identidade por policiais (feita, geralmente, por motivos irrelevantes, como o simples mau humor dos mesmos) é um lance que vem dos tempos do regime militar.

- Ainda em 1995, José Roberto Burnier quase dançou o Copérnico, a dança criada por Hique Gomes e Nico Nicolaievsky, onde você não pode mexer com as pernas e nem com as mãos... Eles são os criadores do espetáculo "Tangos e Tragédias", e durante muito tempo, não deram entrevistas sem estarem interpretando os personagens, chegando até mesmo a 'contra-entrevistar' Jô Soares...

- Em 1996, o jornal que voltou a se chamar SPTV tinha uma comentarista totalmente fora do Padrão Globo de Qualidade... Salette Lemos chamava a atenção por fazer comentários extremamente contundentes para estarem em telejornais da emissora. Pouco tempo depois ela foi para a TV Record, onde ao lado dos comentários em igual tom de Bóris Casoy, se enturmou melhor.

Voltamos já, em 2 minutos, Brasil! 2 minutos...