Era só o que faltava; Sílvio Santos não paga autor de sua "música tema"
Archimedes Messina está com mais de 70 anos, aparentemente ainda está na ativa e compôs jingles memoráveis da publicidade brasileira, muitos deles para a empresa Varig, que em recompensa o fez viajar por vários lugares do mundo através de seus aviões. Mãns uma música dele é executada há trocentos anos sem que ele ganhe nada por isso, e essa música é... "É hora, é hora, de alegria, vamos sorrir e cantar..." Um dos hinos da televisão brasileira! Talvez só seja menos ouvida do que "Lá vem o Chaves", de Mário Lúcio de Freitas.
E segundo reportagem da Folha, o SBT "enrola" Messina tal qual Marcelo D2 e outros phazem com seus... hã... é, vocês entenderam, rocamboles.
Messina também compôs uma das músicas que seriam um dos próximos hits do Fim da PIcada: o histórico jingle do Café Seleto. Mas a versão que a gente vamos (nós, a dupla Igor e C. Barros) gravar ainda é aquela sátira que foi criada nas escolas (é engraçado como isso passou de boca em boca, sem Internet, na época - eu, inclusive, também cheguei a conhecer essa versão!):
Depois de um pesadelo, a gente levanta
Leva aquele tombo e quebra os dentinhos
Na hora de tomar café, é o Café Concreto
Que a mamãe prepara xingando os vizinhos
Café Concreto tem gosto de palmito
Que provoca "vomíto", é Café Concreto...
Enfim, é um desses clássicos anônimos que muito provavelmente, quem sabe estivesse no segundo ou terceiro disco dos Mamonas. Ou nem tanto, já que esse já tem autor conhecido, ao contrário de "Sabão Crá Crá".
E dá-lhe Messina!
[Situação semelhante acontece com Mário Lúcio de Freitas em relação ao SBT, por causa da música tema do Chaves entre outras, e com o compositor que fez a trilha sonora de "Tela Quente", para a Rede Globo. Outro fenômeno underground chegou a ser conhecido sem Internet, o Filme do Batman, aquele, dublado com palavrões.]
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