Viva a Noite sai do ar.

Pois é, e quando o público achava que o Viva a Noite, dirigido pelo Magrão, começava a dar certo, Sílvio Santos manda tirar o programa do ar...
Acho que começo a compreender o SBT. O canal, mesmo não passando futebol, é um Gol. Um daqueles 1.0, branco, duas portas, alta quilometragem, vindo de frota de táxi, sem ar condicionado. Está totalmente batido, mas enquanto uma das rodas estiver redonda (eu disse rodas, não pneus), Sílvio, o motorista, não deixará de dirigir. Aphinal, o carro é dele, ora bolas.
O pior é que Vinícius Vieira, dessa forma, fica sem pai nem mãe fora do Pânico na TV. Ele chegou a ser cogitado para apresentar esse programa. Depois dessa, é bom fixar em 1000 por mês e olhe lá, Vinícius...

Outro programa que sai do ar é Sem Controle. Um raro programa sem auditório do SBT... Ultimamente o programa estava pegando pesado demais no humor e conseguiu superar uma fase de A Praça é Nossa no final dos anos 80, quando o programa era mais ou menos assim e a crítica baixava o sarrafo sem dó nem piedade - "Um saco de vômito. Por favor.", dizia a revista Visão, na época. Se tal crítica fosse emitida 10 anos depois, poderia até dar em processo...

DIB 4: O FAMOSO APARELHO QUE MEDE A AUDIÊNCIA
Alguém notou? Agora que a TV analógica começa a adentrar seus 10 últimos anos de existência, o Ibope, abre o jogo um pouco a respeito do aparelho que mede a audiência das emissoras. Ele se chama DIB 4 e já tem sucessor para a TV digital, o DIB 6 (veja mais aqui) O aparelho atual só diz o canal que se está assistindo, já o DIB 6 também vai dizer outras informações, como o tipo do programa - isso porquê na TV digital, aparentemente, as pessoas poderão assistir aos programas fora de horário. (A audiência de TV é medida no Brasil pelo Ibope desde 1954.)
Alguns programas de TV já tentaram fazer uma promoção: se alguém levasse um DIB 4 nesses programas, ganharia um carro zero. O Ibope reagiu violentamente (á la DOI-CODI) e fez as emissoras desistirem. Eu só queria que alguém insistisse nisso, só mais um pouquinho, ré ré ré...

Mas as vitórias de Gugu Liberato no Ibope, anos depois, acabaram sendo o maior argumento em favor do instituto, de que ele não favoreceria a Globo, senão ele jamais apontaria esses números.
Além do Domingo Legal, nos anos 90, emissoras como Record e Gazeta também atingiram o primeiro lugar no Ibope em alguns momentos.

Para concorrer com o DIB 4, surgiu o chamado Alfonsímetro, criado pelo engenheiro Alfonso Aurin (um dos caras mais injustiçados do universo, se algum dia a Salt Cover se tornar realidade, ele vai trabalhar com a gente), do Datanexus, uma empresa "concorrente" do Ibope para medir a audiência das emissoras de TV, criada em 2003.
Apesar do Ibope ter sido mal-educado e grosso (as vaias ao Lula foram uma mesura, gente) mais uma vez, criticando a criação de outra empresa em seu ramo de atividade, ele estava certo: os números do Datanexus, em geral, eram bastante parecidos com os do Ibope. O Alfonsímetro, mostrado nos jornais da época, era bem mais avançado que o DIB 4, com um controle remoto que tinha funções pelas quais era possível medir a aprovação ou reprovação aos programas, algo que possivelmente nem o DIB 6 faz...
O Datanexus durou apenas 6 meses, por culpa exclusiva do SBT - que, soube-se depois, era seu único cliente. E o Ibope até hoje continua sendo o Paulo César Pereio do meio empresarial, tendo inclusive expandido suas atividades. Atualmente, o Ibope também mede a audiência da TV mexicana, da mesma forma que faz no Brasil, e está ao todo em 16 países.