1 ano sem Jacinto Figueira Júnior
Segundo a Wikipedia, há 1 ano atrás falecia ele, o "Homem do Sapato Branco". Infelizmente faleceu sozinho, apesar de sua situação de penúria ter sido aproveitada por vários programas de TV para dar audiência aos mesmos... Jacinto ainda queria voltar para a TV, nem que fosse como produtor de programas como o que ele fazia.
Jacinto Figueira Jr. se gabava de ter conseguido 80 pontos no Ibope, com o seu programa que era na... na? Rede Globo! Acreditem, se quiser! Jacinto chegou lá mostrando, ao vivo, uma cirurgia nos olhos de alguém. Ratinho já tentou isso, quando em 1999 mostrou uma cirurgia de redução de estômago no SBT sem efeitos na imagem, mas parece que não foi a mesma coisa em matéria de audiência. Na época, a Globo era uma emissora mixuruca (as grandes eram a Excelsior e a Tupi), mas, como todos sabem, essa situação logo seria revertida devido ao apoio da Globo ao regime militar...
Curiosamente, segundo Jacinto, ele foi muito elogiado por Walter Clark, criador do Padrão Globo de Qualidade, que pregava valores completamente opostos aos mostrados por ele em seus programas, essa até hoje eu não entendi.
Me lembro dele no programa "Aqui, Agora" (e principalmente na sátira Caqui Amora, da Jovem Pan 2, que aliás, precisava aparecer qualquer dia desses no Rapidshare... era tremendamente engraçado aquilo. Talvez já tenha aparecido no podcast de sua autora Rosana Hermann, o PodMico, preciso ainda averiguar). Jacinto tinha uma capacidade incrível de descobrir histórias insólitas na cidade de São Paulo, como a de um hotel que deixava moradores de rua dormirem lá dentro em um esquema todo especial, deixando eles sentados, debruçados sobre uma corda, aí para acordá-los, a corda era desamarrada e eles caíam no chão... Ou fora dela, visitando a Vila Mimosa, um centro de... ahn, sei lá, procriação de juízes de phutebol, sei lá, no Rio de Janeiro. Mais que um jornalista, Jacinto era um showman, só ele entrevistava criminosos na delegacia daquele jeito... Talvez desse um guia de museu de primeira.
Curiosamente, vivi muito próximo dele... Nos anos 80, já vi ele saindo de um supermercado com seus inconfundíveis sapatos, e o meu serviço fica na mesma rua onde ele viveu seus últimos dias, onde ainda era muito reconhecido pela vizinhança, ao menos na época em que ainda conseguia andar.
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