Toma, Igor C. Barros: CNT is not dead
Iria escrever sobre o assunto, mas esta semana (na qual meu phalecido pai, se vivo estivesse, faria 62 anos) talvez foi uma das semanas em que eu mais trabalhei na minha vida, passando inclusive sem dormir algumas vezes. Mas o negócio é o seguinte: TV JB já está no ar (desde 17 de abril), o que acontece é que sua ascensão não significa o fim da CNT. O que acontece é que a JB está nessa parceria (que segundo anúncio publicado nos jornais é de 5 anos) com a CNT como uma espécie de produtora, e a CNT entra só com a transmissão - por incrível que pareça, a CNT é uma rede que está presente em muitos lugares do Brasil. Mais ou menos como, no caso da dublagem, a parceria da frase "Versão Maga, gravado nos estúdios da Marshmallow" (se você nunca ouviu essa frase, é o pessoal que dublou Chaves e Chapolin) e mais ou menos também como o modelo que o SBT tentou fazer há alguns anos, dividindo a emissora em SBT "produtora" e SBT "transmissora", com dois diretores diferentes. Claro que isso não deu certo, mas estamos falando de outra emissora agora, com licença, ôe!...
É uma parceria que não significa nenhum tipo de fusão ou incorporação, ao contrário do que acontece geralmente. Esse modelo também lembra a parceria entre a própria CNT (então Rede OM) e a TV Gazeta de São Paulo entre 1992 e 1998, mais ou menos, com a diferença de que, desta vez, a CNT não produz nenhum programa (a TV Gazeta recusou recentemente uma nova proposta de parceria justamente por estar ampliando e melhorando a qualidade de seus programas.) Foi numa dessas que San Pablo conheceu a lenda, Luiz Carlos Alborghetti, "pai" de Ratinho.
A propósito, Boris Casoy está de vuelta, com o Telejornal do Brasil. Tá certo que com uns 50% a menos de definição na imagem, mas está. A TV JB tem uma programação de 6 horas diárias, com previsão de se tornarem 10 horas, no resto é a véia CNT de sempre, com seus horários vendidos, de Polishop e Mil e Uma Noites da vida.
Na verdade o SBT também faz parte dessa história, indiretamente. Algumas imagens do Telejornal do Brasil são cedidas pela emissora. Além do mais, os estúdios da TV JB em São Paulo, na verdade são os estúdios da GGP, produtora de Augusto Liberato e que ele mesmo almeja tornar uma emissora de televisão. Liberato segue os passos nada menos de Sílvio Santos - lembrem-se, a TVS (TV Studios Silvio Santos) começou como produtora antes de se tornar uma emissora.
(Curiosidade: a emissora é tão, mas tão nova, que seu logo ainda não existe na Internet - procure "TV JB" no Google Imagens. Se eu tivesse placa de captura, poderia ter sido o primeiro a fazer isso...)
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